quinta-feira, 3 de março de 2011

Reabilitação na Esclerose Múltipla - Parte 3 de 3

Reabilitação na Esclerose Múltipla - Parte 2 de 3

Reabilitação na Esclerose Múltipla - Parte 1 de 3

Reabilitação na Esclorose Múltipla

O que é esclerose múltipla? 

Esclerose múltipla é uma doença crónica que afecta o cérebro e cordão espinhal. A esclerose múltipla pode causar vários sintomas, incluindo alteração nas sensações, problemas visuais, franqueza muscular, depressão e dificuldades de fala e coordenação. Embora muitos pacientes tenham uma vida plena e recompensadora, a esclerose múltipla pode causar problemas de mobilidade e incapacidade em casos mais severos.
Esclerose Múltipla afecta os neurónios, os quais são células do cérebro e cordão espinhal que carregam informações, criam o raciocínio e perpecpção e permitem ao cérebro controlar o corpo. Há uma camada de gordura que envolve e protege esses neurónios e os ajudam a carregar sinais eléctricos. A esclerose múltipla causa a destruição gradual dessa camada e a divisão dos neurónios em pedaços pelo cérebro e coluna espinhal, o que ocasiona vários sintomas dependendo de quais sinais foram interrompidos. Acredita-se que a esclerose múltipla resulte do ataque do sistema imunológico da pessoa ao sistema nervoso, desta forma sendo caracterizada com uma doença auto imune. 

Causas da esclerose múltipla:
Embora saiba-se muito sobre os mecanismos envolvidos no processo da esclerose múltipla, sua causa permanece de difícil compreensão. A teoria mais aceita é de que ela resulta de ataques ao sistema nervoso central pelo próprio sistema imunológico do organismo. Alguns acreditam que a esclerose múltipla é uma doença metabolicamente dependente, enquanto outros acham que ela pode ser causada por um vírus como o Epstein-Barr. Há ainda os que acreditam que sua pouca prevalência nos trópicos aponta para uma deficiência de vitamina D na infância.



Ambiente de Comunicação para Indivíduos com Traumatismo Crânio-Encefálico

Em muitos indivíduos com traumatismo Crânio-Encefálico, perde se a sensibilidade e mobilidade de todo o corpo excepto o sistema ocular que permanece activo. Devido a este facto, foram desenvolvidas ambientes artificiais de comunicação.
Neste âmbito, temos um sistema que baseia se em LED’s e um menu com várias necessidades do individuo. Os LED’s percorrem o menu, podendo se dizer que utiliza um sistema de varrimento, permanecendo um determinado tempo (escolhido previamente dependendo do individuo) sobre cada necessidade. Para ser escolhida uma opção, tem de piscar os olhos durante 2 ou mais segundos, que activa um sistema de sonoro para chamar a atenção das pessoas a volta. O sensor é composto por um emissor de infra-vermelhos, que incide a luz para cílios artificiais colocados nas pálpebras do utente e sobre um sensor infra-vermelhos. Quanto o individuo tem os olhos abertos, os cílios servem como anteparo a luz, reflectindo se de volta ao sensor.
Entramos agora na biomecânica do sistema, pois os movimentos dos olhos é possível devido a três pares de músculo extra oculares, disposto ao redor globo ocular de forma que um par seja responsável pelo movimento horizontal do olho, outro pelo movimento vertical e o terceiro par pelo movimento oblíquo. E é através de técnicas de Electromiografia (EMG) que se consegue medir o potencial dos músculos extra-oculares de acordo com a posição dos olhos, com eléctrodos de superfície.
“A Eletromiografia de superfície é uma técnica que detecta e regista os potenciais de acção musculares no fenómeno electromecânico de acoplamento muscular; permitindo dessa forma uma análise quantitativa desse fenómeno. Esses potenciais de acção no músculo, ou sinais mioeléctricos, são registados por meio de eléctrodos de superfície (normalmente de configuração bipolar que medem a diferença de voltagem mioeléctrica entre dois pontos), resultando em um sinal que reflecte a superposição dos potenciais de acção das fibras musculares de um músculo excitado pertencentes a uma única unidade motora (mesma enervação). As variáveis que influenciam na formação do sinal eletromiográfico são: (1) o diâmetro da fibra muscular; (2) colocação do eléctrodo na superfície da pele; (3) quantidade de tecido na área; (4) recrutamento das unidades motoras; (5) frequência de disparos das unidades motoras; (6) artefactos de movimentos; (7) interferência de outras fontes de ruídos. Como o sinal bruto obtido de um registo eletromiográfico é também formado por ruídos que impedem uma leitura adequada do sinal desejado são necessários filtros de limpeza para esse sinal. Esse sinal também deve ser pré-amplificado perto de sua origem, antes de ser filtrado. A
aplicação dessa técnica no campo da Biomecânica ocupa-se de três aspectos: 1) sincronização/tempo de activação dos músculos; 2) a relação do sinal de força/ EMG e 3) o uso do sinal EMG como um índice de fadiga”. A contracção muscular provoca o movimento humano, conseguindo verificar por meio da eletromiografia de superfície que é extremamente relevante para entender as variáveis envolvidas nesse processo.